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sábado, 3 de abril de 2010

A MATERIALIDADE DA CRENÇA NA IMORTALIDADE

'No universo nada se perde'
Questionamentos milenares sem nenhuma resposta satisfatória a despeito das muitas hipóteses pregadas como regras de fé, pelas religiões e seitas.
Lançar-se neste campo é perder-se nos emaranhados labirintos dos dogmas e postulados; mas, aos vivos, um dia será chegada a morte, onde as interrogações tidas no decorrer da existência, cessarão, continuando as dúvidas apenas para aqueles que ainda não desceram ao profundo silêncio da sepultura, a única certeza da vida.
Não, não existem as verdades científicas, satisfatórias, de uma vida além-túmulo por religião nenhuma; mas muito menos o materialismo ateu é suficiente, tanto aos doutos quanto indoutos, para comprovar o acabou-se para sempre.
É exatamente neste campo, onde tudo é possível, pois nada há de definido, que se podem ousar opiniões, mais uma entre tantas, como as que aqui são feitas, sem pretensões de originalidades, porem imbuídas de sérios propósitos para a materialidade na crença da imortalidade.
Principia-se então, naquilo que é o homem, buscando, para tanto, fundamentação físico-química da matéria: H C N O ou combinações moleculares agregando-se a novos elementos, indo do simples - molécula albuminóide, ao complexo - homem (Dr. Jorge Andréa dos Santos: 'Enfoques Científicos na Doutrina Espírita', S
ociedade Editora Espírita F.V. Lorenz, 2ª edição, 1991).
Todavia, na concepção do homem feito: um ser orgânico, portanto vivente, que move por si guiado por sensações, percepções, instinto e racionalidade. Neste aspecto, o homem é e vive a sua tridimensionalidade (medidas: altura, largura e cumprimento; tempo; e espaço) na mecanicidade universal, e que disto tem consciência.
Para esta consciência, isto é, compreensão de si e do mundo ao derredor, o homem guia-se pelas sensações, interiores e exteriores, e percepções que constituem sua realidade pensante, do instinto à racionalidade: sente, percebe, age, reage e concebe, servindo-se da atividade cerebral.
Para alguns cientistas o cérebro tem suas operações físico-químicas racionais de comando orgânico, mas que por si só não pensa, não tem sentimentos e não raciocina, necessitando de um elemento acionador para tais atividades, isto é, a Vontade, que distingue o ser humano: eu quero, eu faço, eu posso ou o contrário.
Outros cientistas, voltados à materialidade, atribuem aos neurônios as capacidades dos processos mentais - descargas eletromagnéticas dos neurônios, com relação aos sentimentos, pensamentos e raciocínios; porém encontram dificuldades de sustentação da tese, considerando que determinadas condições mentais, não são e nem podem ser resultantes físico-neurológicos, a exemplos das manifestações denominadas psíquicas ou fenômenos PES que transcendem os campos da tridimensionalidade.
Em razão disto, observa-se no meio científico atual como um todo, sensível predomínio da teoria dualista do homem, que sustenta as existências física e mental/espiritual, independentes entre si, porém interligadas pelo cérebro, sendo que esta existência mental acha-se representada pela Vontade Inteligente - ou inteligência e vontade, cujas ações independem da matéria e para quem o cérebro é apenas mero instrumento.
Da individualidade do espírito, sem a presença das propriedades cerebrais, teríamos os sentimentos de coisas desconhecidas, atuações mentais sobre a matéria [orgânica e inorgânica] e a pré-cognição, como meros exemplos entre tantos outros.
No primeiro caso, Camile Flammarion ('A Morte e o seu Mistério', Volume I, Federação Espírita Brasileira, 2ª edição, 1982), relata o caso de uma senhora que, doente, recusou-se ao uso interno de um medicamento, dizendo que tal ser-lhe-ia fatal, contrapondo-se às argumentações do médico presente e receitante; a receita médica determinava um medicamento para uso interno e um outro para aplicação externa, sendo que aconteceu uma troca involuntária dos rótulos, pelo farmacêutico manipulador das fórmulas, um fato comprovado, sendo a paciente salva pelo pressentimento, num episódio onde não ocorreu raciocínio e nem telepatia.
A atuação mental sobre a matéria, orgânica ou inorgânica, dá-se em razão do pensamento atingir determinado objeto e nele exercer ação, numa comprovação teórica do quarto estado da matéria, com seus espaços intereletrônicos, por onde caminha o pensamento ou a força mental.
Para o conhecimento futuro parte-se para a hipótese de uma quarta ou outra dimensão, anulando-se as leis da física.
São fenômenos alem do alcance científico, porque a individualidade espiritual ainda não pode ser comensurada, pois que suas radiações comprovadas mostram-se invisíveis aos processos conhecidos de experimentações, salvo exceções.
Para as ciências, dentro do concebido, a energia possui peso, intensidade, dimensão e duração, de natureza eletromagnética enquadrada na tridimensionalidade, podendo ser visível ou não, e detectada ou não por aparelhos conhecidos hoje. A energia emitida pelo cérebro ou através dele, alem das propriedades conhecidas, pode também extrapolá-las, caminhando no espaço e comunicando-se à distância, independente dos limites impostos pelas leis da física, imperceptíveis aos órgãos dos sentidos comuns - tato, olfato, gustação, visão, audição, labirinto e termal.
Esclareça-se: o fenômeno dessa exteriorização, não se sujeita às leis físicas conhecidas, anulando-as na totalidade, o que tem levado pesquisadores a admitir também uma quarta dimensão do espaço, onde o vazio é nada mais nada menos que o hiperespaço ou o espaço intereletrônico - entre os elétrons de moléculas, ou interestelar, considerando que, se o vazio não existe, ele é ou está preenchido pelo plasma - fluído invisível / éter que permite a condutibilidade eletromagnética emitida.
O Espiritismo Científico, condignamente representado por grandes nomes dos mais variados segmentos das ciências, tem o éter como fluído psíquico, a determinar a origem da própria existência universal, tida como o verdadeiro estado da matéria, onde os líquidos, sólidos e gasosos são exceções e/ou derivações do estado plasmático original.
O éter seria o "meio elástico hipotético em que se propagariam as ondas eletromagnéticas, e cuja existência contradiz os resultados de inúmeras experiências, já não sendo, por isso, admitida pelas teorias físicas" (Aurélio - Dicionário eletrônico), sem nenhuma unanimidade a respeito.
Assim considerado, a energia psíquica do homem, princípio inteligente e independente da matéria, é extraída do todo universal e biologicamente interligada à matéria, desde o ato conceptivo, relação do finito com o infinito, como princípio universalista; o ato de existir, como um todo, é produto da vida universal.
Aprofunda-se: a mente possui atributos intuitivos, revelados através dos fenômenos de telepatia, criptestesia e da metagnomia, em todas suas extensões, assim como os ativos caracterizados nos fenômenos físicos à distância. As classificações, divisões e subdivisões são de variadas ordens, como podem ser verificadas na Enciclopédia de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, de João Teixeira de Paula.
Estudando a mente e destacando o homem, pela sua racionalidade, dos demais animais, depara-se com duas teorias: a Tricotômica, que admite o espírito como elemento intelectual e, por vezes, independente do elemento efetivo; a alma, que é o princípio vital a dirigir a vida; e o corpo, que é o abrigo daqueles dois elementos. A teoria Dicotômica admite apenas a alma e o corpo, mantendo respectivas funções.
A Teologia vê a primeira teoria, como exclusiva ao homem, enquanto que a segunda engloba demais animais; porém, há divergências entre os próprios estudiosos, sendo que alguns reúnem alma e espírito numa só verdade.
Avançando, pode-se estabelecer o reino mineral como uma unidade na qual se pode distinguir partes dotadas de princípio ativo formador, pois de alguma coisa se formou e seus elementos são compostos, crescendo por justaposições.

-o-

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