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sábado, 3 de abril de 2010

DOS PODERES DA MENTE

1. Poder mental: mito ou realidade?
Quando se diz dos poderes da mente, assunto em evidência desde que o homem descobriu-se capaz de pensar, duas situações distintas surgem rápidas:
  • Fenômeno Paranormal, e com este o extravasar limites do comensurável, das leis físicas que regem o Cosmos e o próprio homem, o mundo da tridimensionalidade, aos exemplos das capacidades de telepatia, cognições (pré, simultâneas e pós), psico e telecinesias, poltergeist, telestesias, etc;-Poder do Pensamento Positivo, voltado para o indivíduo em si e das suas potencialidades para valorizar e transformar-se diante daquilo que a vida lhe oferece, através das superações do medo, bem como se fazer forte diante das adversidades, em suas múltiplas formas, de se dar bem nos negócios propostos, do encontro da felicidade e paz de espírito, do alívio das aflições e males psicossomáticos, de como enfrentar doença incurável e ganhar sobrevida, da satisfação pessoal do poder e status, enfim, de como fazer com que o universo conspire a seu favor, para tudo aquilo a que se proponha fazer, com uma realização plena e de triunfos nesta existência.
    • Aliam-se às duas situações, dentro do realismo fantástico, a Hipnose, Ciências Ocultas (ocultismo e seus mistérios), a Projeciologia (viagens astrais, projeções do duplo etéreo, etc), os fenômenos espíritas, a precocidade surpreendente dos grandes gênios mirins para especialidades, matemática e música entre outras citações, além dos 'idiots savant' - os julgados deficientes mentais (mongoloides), hoje os cógnitos especiais, com seus rasgos de genialidade estonteante para certas aptidões como cálculos, idiomas, arte, entre outras fenomenologias apresentadas.
No presente capítulo interessa somente os ditos Poderes do Pensamento Positivo, como real sentido de vida, o que são eles e como desenvolvê-los sem os aprofundamentos científicos ou rol de termos que tão somente aos especialistas interessam.
Os poderes da mente acompanham o homem desde os tempos primórdios da história, ou quando o homem fez-se homem, pois que sempre alguém escravizou mentes, manipulou massas, conseguiu intento, e isto apenas uma minoria - às vezes um só indivíduo a fazer dobrar diante de si multidões dispostas a tudo renunciar, inclusive a própria vontade, para apenas obedecer a ordens, mesmo absurdas, como a prática de suicídios coletivos.
Apesar da antiguidade desses valores, tão bem e desde sempre explorados por líderes religiosos, políticos, místicos carismáticos, chefes, os grandes amantes sedutores ou as mulheres fatais, somente a partir do século passado o assunto tem recebido as devidas atenções dos especialistas, ao lado de estudos mais sérios quanto aos poderes da mente e seu uso possível pelo homem, mesmo o comum, isto é, aquele que não se julga dotado de capacidades paranormais.
O tema ganhou notoriedade através do Movimento da Ciência Cristã, a partir de 1876, com grandes feitos pela dita fé em Deus e si mesmo, e assim o público recebeu efusivamente o livro O Poder do Pensamento Positivo, de Norman Vincent Peale, depois as obras de Prentice Mulford, Dale Carnegie, e hoje centenas de outros autores.
A unanimidade científica quanto aos poderes da mente - o poder do pensamento positivo e suas influências no homem - abunda teorias, muitas delas controversas, algumas revestidas de seriedade maior, outras nem tanto, e hoje a mais comumente aceita pelos experimentadores: "cada estado mental corresponde a um padrão particular de atividade física" ('Para Além da Realidade - 
Teoria da Identidade', Mistérios do Desconhecido, Abril Livros, edição 1993: 17), e com isto, as realizações.
Evidente que surgem certos questionamentos e a teoria não é absolutamente completa, pois que no homem existe a Vontade e, com esta, o Livre Arbítrio, onde parece residir alguma razão contrária às pretensões científicas dos "efeitos do cérebro sobre a mente" (Para Além da Realidade, op.cit), vez que tanto a vontade quanto o livre arbítrio, em si demonstram muito mais seus "impactos sobre o cérebro" (ibidem) para ações e reações, que o contrário, isto sem nos referirmos às estranhas percepções extrassensoriais, que se mostram independentes de atuações cerebrais, da própria vontade e do livre arbítrio, pois que não há escolha para isso, todavia suas origens ainda são de fontes desconhecidas.
Muitas correntes científicas alinham-se ao lado daqueles que atestam como reais os poderes e atributos da mente, independente das atividades cerebrais, onde o cérebro apenas facultaria, pelas suas funções, a decodificação racional, quando o caso, das ocorrências mentais, isto é, o cérebro parece aceitar ordens dadas pelo indivíduo, como também receber impactos emanados de outras fontes, ao traduzir em realidades certas sensações desconhecidas, não desejadas e muitas vezes nem pensadas.
Todo ser humano, portanto, tem capacidades mentais inatas, que podem ser ou não desenvolvidas, mas que todo homem, pelo menos uma vez na vida, já experimentou algumas de suas ocorrências; aquelas que permanecem latentes enquanto outras afloram circunstancialmente, e as tais que se tornam efetivas. Certas potencialidades podem ser adquiridas e, uma vez nestas condições, igualmente às inatas, podem ser desenvolvidas.


1.1. Como desenvolver poderes e adquiri-los ou mesmo saber quais os inatos?
Primeiro, para se identificar os tais inatos ou pertinentes à natureza do indivíduo, bastam as observações de ocorrências particulares que transcendem a normalidade, valorizá-las e aplicá-las no cotidiano, com estudos e atenções devidas quanto aos propósitos disto.
Já para se adquirir poderes mentais é preciso, antes de tudo, compreensão e estudos sobre eles, certos graus de afinidades, objetivos e tremenda força de vontade, além das regras, variáveis de pessoa para pessoa.
Parece importante para tais aquisições pretendidas a identificação consciente, além da afinidade individual com determinados poderes, saber deles e neles acreditar.
Inúmeras obras, algumas sérias, pretendem o ensinamento de técnicas para o desenvolvimento dos poderes mentais, e como utilizá-los em benefícios próprio ou de outrem, partindo desde simples concentração ou relaxamento, às práticas que ensinam como fazer a 'conspiração universal atuar em favor dos que pensam e desejam positividades'.
Todos os autores do gênero pregam otimismo nas bases do 'você pode, consegue e merece'. A Bíblia e outros livros sagrados e apócrifos, nas apologias à fé determina a crença do homem em si mesmo, nas suas potencialidades, para plenitude de realizações.
A Teologia da Prosperidade, dentre os chamados neopentecostais, faz-se exemplo recente de se preparar o indivíduo para o recebimento das dádivas divinas para o sucesso terreno.
Não se questionam validades quanto aos métodos empregados ou ensinados, mesmo as ditas fórmulas mágicas de sucessos, até porque estas não existem, a não ser, claro, para os mestres que as editam e vendem. Também não se contraditam as regras de fé, porque situações de foro íntimo, a lamentar todavia o oportunismo de exploradores ou mercadores da boa fé, vistos como 'corretores da imobiliária do céu'.
Evidente que não se pode negar ao homem a disponibilidade da força e da vontade, como realidade impulsionadora de desejo para as realizações; porém, há que se objetivar, nisto, o estabelecimento de prioridade, sem as qual tudo se perde, levando o indivíduo a uma situação ainda pior àquela quando iniciou jornada.À mesma maneira, existindo a acomodação e aceitação de situações não se chegará, jamais, a ponto algum, por mais que nisto se pense positivo havendo, todavia, a determinação de desejo devidamente planificada, progressiva e lógica, além de mentalmente aceita por ideal.Tais realizações certamente ocorrerão, independentemente das miraculosas fórmulas coletivas.
De certa forma é muito bom ler e ouvir exemplos dos bem sucedidos; livros sobre o assunto acham-se recheados de páginas e páginas de vencedores, e os programas religiosos ou não de televisão e rádio com apresentações de testemunhos daqueles que se 'fizeram na vida'. São elementos interessantes e que até incentivam outros, mas que pode trazer decepções a quem não se realiza e os belos testemunhos nem sempre expressam realidades e sim desejos, como também não são aplicáveis a todos.
A pessoa imbuída de propósitos firmes do desenvolvimento mental tem na maioria das vezes e até mesmo por acessos mais disponíveis, muitos mestres que ensinam os melhores caminhos e os mais fáceis métodos para uma rápida auto-realização, a exemplo das fórmulas mágicas:
Existem inúmeros títulos correlatos, geralmente iniciados com o velho refrão de que o homem utiliza apenas parte mínima de sua capacidade cerebral, de l a l0 % e o resto fica ali, ocioso, à espera de ativação.


1.2. Como preencher o enorme vazio cerebral?
Recomendam-se regras e exercícios de absorções, desde técnicas de relaxamento, respirações, profundas concentrações, métodos de repetições positivas e tantas variantes que até hoje não se compreende porque aqueles mestres autores não ultrapassaram, ainda, a média humana quanto ao uso do cérebro em porcentagem maior.
Justificam-se informando que tais métodos são processos lentos e gradativos; porém, a pessoa que enseja ultrapassar aqueles limites, seguindo as regras, nada conseguirá senão alguma possível transferência genética daquelas possibilidades aos seus descendentes, embora jamais alguém ouvisse falar de tais ocorrências, e até hoje não se têm notícias de que algum gênio de capacidade de utilização cerebral - seguindo os métodos ensinados, tenha número percentual superior aos considerados, em média, normais. Por conseguinte, tudo parece fundamentar-se na satisfação material, e a não realização individual centra-se nalgum bloqueio mental, espitritual ou ausência de fé.
Para o desenvolvimento mental, soluções de problemas e desbloqueios, incentiva-se a entrega total a Jesus - leia-se 'à Igreja pelo seu líder e prepostos', ou às descobertas de quem foi a pessoa em encarnações anteriores, para daí os desbloqueios mentais e liberações de energias, objetivando sucessos e novos rumos; este um método que, saindo das páginas dos livros, ganhou consultórios especializados, auxiliando o indivíduo descobrir-se para, então, entender e descomplicar-se no tempo presente, eliminar seus problemas e bloqueios assoladores, dar-lhes pronta solução, para assim fazer-se vencedor.
Na primeira citação a Teologia da Prosperidade e, na segunda, os profissionais em Terapias de Vidas Passadas - TVP para mencionados propósitos.
Admitindo-se a possibilidade de regressão a vidas passadas, com anulação do tempo e espaço, para tais propósitos, e sabendo de antemão que pela précognição se pode saber de fatos vindouros, por qual razão não fazer Terapias de Vidas Futuras ou dos Dias Futuros? Porque não fazer progressão hipnótica em vez da hipnose regressiva?
No entendimento dos autores, as Terapias de Vidas Futuras, executadas, promoveriam maior otimismo no indivíduo para fazê-lo vencedor, podendo, inclusive, corrigir antecipadamente certos caminhos.
Contra-argumentariam os defensores das Terapias de Vidas Passadas, que o futuro não aconteceu e dele nada se sabe, portanto corretamente válidas apenas as TVP como métodos auxiliares, apenas, se conduzidos por especialistas, o que se pode traduzir seguramente como ausência de responsabilidades para o profissional, afinal, quem pode comprovar absolutamente real algum passado pessoal?
A juízo próprio o método mais válido para se atingir objetivos pretendidos pela TVP ou pela hipnose regressiva, já que a progressiva apenas especulação, seria a auto-hipnose porque nela consiste o indivíduo se programar para ser vencedor, com aprimoramentos dos órgãos do sentido, desbloqueios mentais, eliminações de problemas de todas as ordens, e pensar sempre e mais positivamente, defendendo-se das adversidades, inclusive mentais negativas projetadas por terceiros, e emitir ordens positivas ao cérebro.
Sem dúvidas trata-se de método científico com aplicabilidades comprovadas, não fosse, contudo, de difícil realização, por exigir pelo menos um estado mental de transe médio, onde apenas 25 % das pessoas conseguem atingir e, ainda assim com auxílio de hipnotizador pelo menos nas primeiras tentativas - sessões.
Existem outras técnicas, algumas esotéricas, outras místicas, e até as exóticas ou aquelas movidas a drogas alucinógenas. Todas, mais ou menos, fundamentam-se no fator acreditar em si mesmo e deixar acontecer.
Salvo exceções para alguns, quase todas as técnicas ensinadas são impraticáveis no dia a dia, ora por mascarar a verdade individual, ora por trazer ao indivíduo certo isolamento de seu meio, ou, ainda, pelas próprias condições adversas em que se vive.
Dizem os defensores do desenvolvimento mental que as técnicas ensinadas estão exatamente para superações daqueles obstáculos, esquecendo-se que o homem não é ou está sempre sozinho, que vive cercado e cerceado de múltiplos fatores, desfavoráveis ou não, ao seu bem estar psíquico e de vida em geral.
Com referência à entrega espiritual, fundamentam-se os princípios da fé e a determinação em confiar que Deus tudo proverá em todas as necessidades, o que traz em si conformismo e adaptação. Tanto um quanto outro argumento promove a anulação do indivíduo, por mais que o próprio e líderes insistam negar.
Ser rico ou milionário é questão de dom e bastante trabalho ao longo de décadas, ou mesmo gerações, acreditando-se que muitos honestos e trabalhadores que se tornaram bem sucedidos, o fizeram à custa de esforços pessoais e familiares, contenções - às vezes até privações, sorte nos investimentos e realizações, o apresentar-se certo na hora que mercado dele necessita.
No entanto, o que se tem observado são homens vencedores aqueles que nascem de famílias abastadas e progridem; os que usurpam direitos e espoliam o próximo; os praticantes de crimes do 'colarinho branco'; alguns que vivem sovinices e triunfam por uma série de contenções; os tais que se fazem bem sucedidos em crimes organizados; outros que possuem tino comercial, fator sorte em negócios, realizadores de bons empreendimentos, investidores e ganhos em loterias.
São raríssimos os que vencem acreditando e desenvolvendo o poder da mente, ou aqueles que descobrem seus porquês negativos e transformam situações pelo ato de fé, constituindo-se casos isolados, pois o grosso da humanidade não atinge as realizações pessoais desejadas.
Não se é rico apenas porque se tem dinheiro - consolo de pobre, e muito menos se é poderoso pelo simples exercício transitório de um mando qualquer; nas sepulturas, igualam-se os grandes do poder, os detentores das maiores fortunas, os maiores sábios e aqueles que nunca foram nada disto.
As realizações são ilusões e não trazem nenhuma paz de espírito, assim como ser pobre também não; porém aqueles que se envolvem em tresloucadas buscas de conquistas, ou de bons posicionamentos sociais, quase sempre hão de querer mais e, para isto também quase sempre, defrontam-se com percalços que, para superá-los, não hesitam os meios mais sórdidos e, com isso, ferir a própria consciência.
As desconfianças, os medos, o acreditar impossíveis objetivos desejados, são fatores essenciais para os fracassos; portanto há que se ter determinados conhecimentos e consciência plena daquilo que se deseja, pôr-se em condições para recebimento em toda plenitude, gradativamente e de conformidade com prioridades pré-estabelecidas.
O homem necessita, para que o universo conspire a seu favor, eliminar o conformismo, expulsar de si as dúvidas, adquirir autoconfiança, organizar energias e vencer as preocupações para, aí sim, estabelecer metas com uma lúcida organização, inclusive previsões de obstáculos, danos e perdas, uma a uma delas e, conforme dito, por prioridades.
Se alguém almeja ser médico, sabe de antemão da necessidade de um curso básico, depois o secundário, para então postular sua vaga propriamente dita, mas, muito mais que isso é preciso que a pessoa vá se abastecendo de conhecimentos e informações acerca da profissão, mais e mais se alimentar dos desejos e objetivos, sem os quais nada se faz ou consegue, senão decepções.
Nesta profissão não são raras as pessoas que se formam pelo desejo de status, exigência familiar ou conveniências outras, para depois experimentar as mais terríveis frustrações e desgostos, por simplesmente descobrir que não era aquilo o que realmente pretendia.
O importante no indivíduo proposto a uma realização é ter, antes de tudo, pleno conhecimento de si mesmo, para não se atirar às aventuras e venturas que nem sempre terminam bem.
Conhecimento de si mesmo é antes de tudo, o saber suas aptidões e limitações, quando as houver, assim como o desejo de transpô-las ou não. Quase sempre é mais fácil realizar-se dentro de um quadro que se tem como possível, com parâmetros visualizados, do que se iludir. Não adianta querer ser grande para um dia descobrir-se pequeno.


2. O encontro da felicidade
Mas, querendo o homem ser alguém adiante do ponto em que se encontra, o primeiro passo a ser dado é o encontro da paz.
Mas, o que é paz?
Em poucas palavras, é a satisfação consigo próprio, condição básica para se fazer feliz, porque somente se é ou está feliz aquele que quem tem paz.
Como ser feliz, estar satisfeito e ter paz, se ainda desejar alguma coisa além?
Aí se evoca o teólogo Thomaz Moldero (A Libertação): "(...) enquanto desejar o homem alguma coisa, em si próprio possuirá motivos para não ser feliz", voltando assim à baila, como moto-contínuo, que somente será feliz quem tiver paz, sendo a paz a satisfação consigo próprio.
Temas para se pensar e promover auto-análise: existe o verdadeiro desejo de alguma coisa, conscientemente pensada, para auto-realização?
Existindo, então deve a pessoa, movida pela vontade e objetivos, procurar como se orientar para a busca do interior e ser quem deseja ser, através dos poderes da mente e esforços físicos também, assim a conquistar seu espaço.
Como fazê-lo?
São muitas as técnicas existentes para que o indivíduo trabalhe mentalmente para si ou terceiros, conseguindo paz interior e sucesso na vida. O homem consciente descobre o seu próprio e melhor caminho, não temendo repensar-lho, sempre que e quando necessário.


3. Desdobramentos e projeciologias
Muitos ensejam o desenvolvimento dos poderes mentais não para realizações materiais, e sim objetivando desdobramentos ou projeções mentais para fora do corpo físico, onde o indivíduo, através de uma viagem psíquica, transporta-se para qualquer lugar, do passado, presente ou futuro, liberto da tridimensionalidade, ou seja, das leis da física.
Não importam as razões ou justificativas para o que se pretende com a projeciologia, pois que ela não se acha sujeita às regras de moral nem de religiosidades. Para consegui-la, os princípios são os mesmos do desenvolvimento mental para materialidades pessoais, bastando para o indivíduo o querer, vontade, desejo e determinação, com devidos endereçamentos às pretensões.
Diferentemente dos desejos da materialidade, o desdobramento ou viagem astral não exige cuidados de riscos quanto à sua realização ou não, bastando apenas querer e praticar. Temos um estudo, mais adiante, de como o pensamento anda e atua sobre a matéria, como se liga ao corpo humano, através do cérebro, e como mantém o seu individualismo.
É preciso, porém, deixar claro que a mente aceita absurdos e extravagâncias, principalmente quando desligada da matéria, fazendo com que toda imagem mental recebida ou pensada, concretize-se como real, ainda que bizarras, e às vezes até a materializar-se. A mente não é sujeita à tridimensionalidade, e seus poderes excedem em muito os do mundo físico.
Por conseguinte deve-se considerar que no Cosmos existem todos os ingredientes para se fazer qualquer coisa, que se pense ou deseje. Tudo o que aqui se encontra é fruto do Universo, vez que tudo e por dele foi formado.
Então, é preciso inteligência para aventurar-se pelos fenômenos das viagens astrais, não porque elas venham oferecer perigos, algum dano físico, a morte, ou que o indivíduo se perca para sempre e não consiga mais retornar à materialidade, e sim porque coisas vistas nem sempre lhe serão agradáveis, especialmente nas primeiras experiências, ou se o indivíduo não estiver preparado, emocional e psicologicamente para tais estados fenomênicos.
Uma viagem astral mal sucedida ou que venha carregada de fortes impressionismos indesejáveis, certamente servirá de bloqueios para a realização de outra experiência.
Não se tratam de prevenção ou negação ao desenvolvimento dos poderes mentais e para as ações projeciológicas, menos ainda descrenças na energia psíquica e suas atuações; porém, como advertência, pois é preciso que o indivíduo tenha sempre prudência quanto àquilo que busca ou se propõe, vez que excluindo desdobramentos materializados, tudo o mais se passa apenas na cabeça do indivíduo, onde somente um clarividente, em situações especiais, será capaz de captar a presença de algum ser vivente desdobrado, portanto algo revestido de subjetividades e certos perigos iminentes por si mesmo gerados.
Sempre houve alertas quanto ao engano possível de si mesmo; é necessário, portanto, que o empreendedor tenha sempre rigor absoluto, responsabilidades e objetividades reais quanto aos propósitos extracorpóreos.
Ernesto Bozzano, dos mais destacados nomes sobre Desdobramentos com experimentos científicos a respeito, e outros estudiosos sérios, trazem-nos inúmeros exemplos comprovados do funcionamento da consciência, de maneira independente da atividade cerebral.
Em geral, as experiências mentais extracorpóreas acontecem de maneira inconsciente, algo mais ou menos comum a todos os humanos; são experiências nem sempre desejadas ou programadas, surgidas durante o sono através de alguns tipos de sonhos, em momentos especiais de perigos, proximidades da morte, estados de choques e situações provocadas, neste caso, geralmente através da hipnose ou do querer acontecimentos.
Nestas situações todas, que não raras vezes confundem o próprio vivenciador das cenas, há sempre uma transposição para além do mundo físico, onde praticamente não existem barreiras para o ato extrafísico, e este nem sempre depende de vontade pessoal.
Se conhecidamente o pensamento, por ondas, viaja pelos espaços intereletrônicos ou interestelares, com possibilidades de atuação à distância sobre um corpo, animado ou inanimado, nada o impede que tais viagens astrais não sejam personificadas e possíveis de serem captadas, e/ou detalhadas, por sensitivos. Por outro lado, sendo a mente uma força atuante independente da matéria, com individualidade exclusiva, nada obsta para que ela liberte-se do corpo físico, mesmo que este não esteja danificado ou morto, para assim atingir o mundo da espiritualidade ou outros mundos, físicos ou não.
Existindo a realidade involuntária ou não programada destas viagens, através dos sonhos ou de alguma outra forma, aonde o indivíduo vaga ou vai para algum lugar, é obvio que referidas viagens podem ocorrer também pela vontade consciente, condução adequada ou desejo expresso da pessoa, bastando-lhe apenas o querer e treino para tais realizações.
Neste ponto é preciso certo entendimento, às vezes não do indivíduo que adquire a capacidade de ação para fazê-la (através das concentrações que ele nem sempre sabe como atinge e age, pois que simplesmente para ele acontece), e sim para aqueles que ensejam a experiência de um modo consciente e agradável, é sempre necessário para tal realização que o cérebro esteja, pelo menos, em nível alfa, isto é, numa atividade de 7 a l4 ciclos por segundo, e que para tanto é preciso relaxamento físico e concentração para projetar-se, mentalmente, fora de si mesmo e assim conquistar realizações.
O Desdobramento conduz à Projeciologia. Fatos comprovados não se discutem, aceitam-se, e então a Projeciologia é real, assim como os poderes mentais, da qual ela própria faz parte.


4. Mentalismo: o poder da mente ou prestidigitação?
Um espetáculo de artes mágicas de salão ou a Ciência do Poder da Mente?
Thiago Neves - ou Kronos [Khronnus] o Mago, autoproclamado em sítio eletrônico como "Grande pesquisador das ciências ocultas, por motivos pessoais decidiu desvendar os segredos dos paranormais, místicos, feiticeiros, bruxas e videntes. Esses estudos acabaram lhe encaminhando para a área mais obscura da magia: o Mentalismo. Nesta área da magia, os mágicos profissionais se aprofundam no estudo dos efeitos tidos como paranormais, chegando à conclusão de que o poder da mente humana não é místico, mas técnico. Muitas dessas técnicas são até desconhecidas por especialistas e parapsicólogos e isso o levou a ser um exímio conhecedor das artes mágicas" (O Mago - http://www.omago.com.br)..
A briga não é de agora. Harry Houdini, um dos maiores ilusionistas da história, já caçava médiuns e sensitivos no final do século XIX e em parte dos anos de 1900. Mais recente o mágico James Randi, que Khronnus diz representar, ofereceu ótima premiação [1 milhão de dólares], em dinheiro, caso algum sensitivo, médium ou paranormal pudesse comprovar autenticidade de qualquer fenômeno catalogado pela Parapsicologia.
Ainda não gastou o dinheiro e, dizem, nem apareceu candidato, pois o ofertante apenas daria o dinheiro se ele próprio, através de mágica e truques, não conseguisse reproduzir o fenômeno dentro de suas regras e tempo.
Para os Mágicos, o Mentalista, paracientífico ou o religioso, é aquele simula e manipula as artes mágicas, de maneira quase perfeita, atribuindo-as a operações do além ou às faculdades paranormais - fenômenos da mente. Tais tipos Mentalistas seriam portanto, indivíduos com habilidades mágicas e recorrentes a truques de ilusionismo, prestidigitação e impressionismo.
Os Mentalistas classificam o Mágico como o profissional versado em truques, desde os mais simples, aos impressionismos, prestidigitações e ilusionismos, com ou sem o uso eletrônico. Entendem que os Mágicos são capazes de reproduções perfeitas de manifestos mentalistas, espirituais ou mentais, "com tal habilidade que, se possível, enganaria até os adeptos do Mentalismo" - paráfrase bíblica a 2º Corintios 11: 14.
Uma terceira opinião entende os resultados obtidos por Mágicos e Mentalistas, nada mais que manifestações exteriorizadas sob influências exclusivas do subconsciente, espécie de automatismo, com possibilidades de manipulações sob certas condições. Não se enquadram nestas condições os truques com uso de meios eletrônicos.
Entendendo as Artes Mágicas classificadas a níveis de diversões, onde o mágico lida com a capacidade de enganar os sentidos dos espectadores, interessa-nos aqui apenas o Mentalismo como Ciência ou Pseudociência do Poder da Mente, independente se de caráter religionário ou não.
Nestes considerandos temos, num primeiro plano, o Mentalismo por objeto da origem e do fim de tudo que chega à vivência do ser, cujo princípio determina que tudo é mental e possível sua manipulação, nas interrelações do homem quanto aos conhecimentos e vivências.
Este princípio explicaria o Todo [Deus] como Ser Vivificante, Incriado, Incognoscível e Indefinível em si mesmo, no qual todo o Universo e aquilo que nele há são volições emanadas desse TODO, em cuja vibração o homem vive, move e tem sua consciência. No Universo todas as coisas são geradas e fora dele não existe vida, ou seja, tudo o que existe está nele e jamais deixa de existir, integrado ou não, nesta ou naquela forma.
A natureza do Universo é, portanto, originariamente mental, que se faz encarnada onde possível a Vida como a conhecemos, o que explicaria todos os fenômenos mentais e psíquicos de natureza humana.
Assim se aplica o Mentalismo, dentro desta corrente, como um sentido de vida e de realizações plenas e equilibradas, cuja verdade está dentro de cada ser humano, como força capaz de despertar potencialidades que nem se sabiam e o descortinar do universo psíquico, mental e emocional, de forma inteligente e consciente até para melhor e mais cômoda materialidade.
Chama-se Mentalista o adepto do Mentalismo, indivíduo preparado, pela iniciação e conclusão de ritos, para produzir fenômenos capazes de influenciar e mudar a realidade de cada um, estando assim como atributos práticos do Mentalismo a auto-ajuda e o desenvolvimento do pensamento positivo.
Disto, evidentemente surgem debates interessantes, por exemplo, os fenômenos parapsicológicos e as ocorrências espirituais, todos dentro das paranormalidades, e que não seriam nem místicos nem mentais, mas simplesmente técnicos, isto é, não existem fenômenos paranormais e nem ocorrências psi.
São muitas as Escolas Mentalistas, as materialistas, as psíquicas e as religiosas além das intermediárias, quase todas trabalhando com o fator da individualidade para se alcançar poder mental, ou sobrepor-se à massa através do desenvolvimento daquele poder ou de reforço à própria personalidade.


5. A paranormalidade
Fenômenos conhecidos como paranormais, objeto de estudos da Parapsicologia, sempre exerceram e ainda exercem especial fascínio sobre o homem. Quem não se queda pasmo diante dos fenômenos da mente?
Apesar de vivermos o período científico-tecnológico, onde tudo se analisa à luz da ciência e da razão, a paranormalidade, em suas múltiplas formas de manifestos e de realizações, deixa-nos sempre aquele que de mistério envolvente, além das dúvidas quanto às origens: espiritual ou de natureza própria do homem?
Nisto há toda uma conturbação de teses, esclarecimentos e discussões, em torno às vezes de um único fenômeno, rotulado por nomes diversos, complicados em sua maioria, quase sempre em defesa de determinados pontos de vista, a juízo de credos religiosos, a envolver a própria ciência que, nestes aspectos de tantas incertezas, pronuncia-se também de maneira ambígua, assim a gerar ou suscitar dúvidas maiores.
E o que seria e como atuaria um indivíduo paranormal? A parafrasear Rodrigues e Wladimir (João Manuel Costa Rodrigues e Wladimir Teobaldo de Morais, na obra Biociências - Genética, Evolução, Ecologia - Cia. Editora nacional, 1978, página 38, quanto a Origem do Homem Moderno), com a devida adaptação para a presente questão: "Uma pergunta intrigante. Não sabemos o bastante nem para dar uma resposta parcial, e esse problema complexo e enganador é ainda mais obscurecido pela sua formulação imprecisa".
Comumente entende-se por paranormal o indivíduo classificado como médium ou sensitivo não raramente confundido um com o outro, e que, no entanto, se devem fazer distinções (João Teixeira de Paula - Enciclopédia de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, Volume III, Cultural Brasil Editora Ltda., 1972), onde o médium seria aquele que serve de intermediário entre encarnados e desencarnados como o fenômeno psi-theta  para efeitos físicos ou intelectuais, mais voltados porém não necessariamente à religiosidade; enquanto o sensitivo é o indivíduo que produz fenômenos inteligentes denominados os psi-gama, e os psicocinéticos [ psi-kappa], sem a força ou atuação de desencarnados, ou seja, os fenômenos seriam produtos da própria psique ou capacidade mental.
De modo geral, coloca-se o médium sempre como sendo um sensitivo, e este não necessariamente um médium, mas no meio espírita não há distinções entre aqueles dois, enquanto para alguns segmentos da Parapsicologia, o médium nada mais seria que um sensitivo, cuja excitação própria manifesta-se como entidade projetada; na obra 'A Entidade', de Frank de Felitta, se vê em semelhante exposição para sua personagem central.
O paranormal seria o indivíduo, médium ou sensitivo, capaz de produzir fenômenos psicológicos e físicos, através de energias mentais que atuam sobre a matéria orgânica ou inorgânica, podendo influenciá-la mesmo à distância. 
Em geral o fenômeno paranormal ocorre quando há um emissor, que não precisa ser paranormal, e um receptor - obrigatoriamente paranormal, que se comunicam intervivos ou desencarnados com vivos, existindo ainda fenômenos que independem de emissores declarados ou conhecidos, somente um receptor, paranormal, que capta determinados conhecimentos de fontes desconhecidas, ao lado daqueles outros fenômenos adquiridos por estados projeciológicos de um indivíduo.
Para o caso primeiro, as Telepatias seriam exemplos mais bem representativos, para o segundo, as Criptestesias, e por último a capacidade consciente individual de se deixar o corpo e atingir buscas (passado, presente ou futuro) ou receber informações (cósmicas, telepáticas, consciência coletiva ou de fontes desconhecidas); a projeciologia inconsciente nem sempre se enquadra nas características da consciente e aquela por isso sem valor científico, às vezes até mesmo pela falta de consistência.
A paranormalidade, embora exaustivamente estudada, ainda não tem origem determinada quanto a sua natureza, se psíquica, física, espiritual, psico-fisiológica, psico-espiritual, físico-espiritual ou psico-físico-espiritual. As ciências, diante das dificuldades de comensurar ou dimensionar os fenômenos, estuda-os tão somente a partir das ocorrências.
São exceções as Telepatias, Criptestesias, Mancias e as Catalizações, que podem ser produzidas em laboratórios. Atualmente a Telecinese (movimento de objetos sem uso das mãos ou outros meios que não a mente), também é considerada uma verdade científica, uma vez que pode ser produzida através de experimentos. Quanto às Cinesias, alguns estudiosos as denominam de Psicocinesia e outros de Telecinesia, todavia na opinião de J. Teixeira de Paula, obra citada, Telecinese seria atuação mental à distância e a Psicocinese a atuação do espírito desencarnado sobre a matéria, ainda que a valer-se de uma capacidade humana, no caso do médium; as duas denominações existem para um mesmo fenômeno, por isso a citação Cinesia.
A Ciência acredita que a paranormalidade se de através do cérebro ou por ele, para que a paranormalidade possa ser adquirida e desenvolvida através de estudos, treinamentos e vontade. Os Parapsicólogos concordam que as faculdades inatas, vez ou outra com possíveis ocorrências, igualmente podem ser desenvolvidas e exercidas com controle e consciência.
Experiências em laboratórios efetivamente confirmam as faculdades paranormais, porém inatas. Mesmo o indivíduo considerado normal, quando em experimentos venha apresentar fenômenos, na realidade apenas apresentam aquilo que já possuíam, ainda que não ciente antes da existência deles.
Quase unanimidade entre os cientistas, todo ser humano possui paranormalidades, em maiores ou menores graus, que podem ou não ser despertas para uma atividade consciente; quase todas as pessoas, ou todas, já experimentaram alguma ocorrência paranormal em suas vidas.
Um indivíduo sob hipnose tem facilidades amplas de apresentar fenômenos, onde parece haver algum desbloqueio para as paranormalidades, antes reprimido por fatores diversos, como a educação, religião ou cultura entre outras possibilidades.
No meio místico e religioso, onde se estimulam estados de êxtases, a ocorrência de fenômenos é sensivelmente maior, como a vidência (clarividência), as locuções internas (o ouvir vozes ou sons, que alguns denominam clariaudiência, mesmo que não seguida de visões ou conjuntamente a estas), xenoglossia (glossolalia - de falar idiomas não estudados ou línguas estranhas), premonições (profecias e revelações), e as cognições (conhecimento além dos estudos e sentidos, podendo ser pré, pós ou simultâneo aos fatos).
Entre os espíritas e espiritualistas, o fator crença na existência de espíritos que se manifestam através do homem, são bastante comuns além dos fenômenos acima, as psicografias (escritas automáticas, com belas mensagens de otimismo, obras literárias, etc), as pinturas de obras de arte, canto, cirurgias (com ou sem cortes); com certa raridade nos dias atuais, ocorrem cinesias, poltergeist e ectoplasmias (materializações de formas humanas, objetos, animais e figuras bizarras) que inclusive, em alguns casos, podem ser examinadas, tocadas e que até conversam, quando formas humanas evidentemente; ainda mais raramente podemos deparar também com materializações (desmaterialização e rematerialização) de objetos, às vezes transportados (aporte ou transporte) de outros ambientes ou de longas distâncias, e mesmo que trancados num cofre - existem relatos de humanos que desmaterializam aqui para se rematerializarem num outro local.
Nos cultos afros também imperam certos fenômenos, como aqueles, sendo notórios as telepatias, empatia e certas premonições protetoras.
Em todos os credos citados, percebem-se ainda fenômenos à distância, como curas, visitações, etc; há em todos eles o uso comprovado de telepatias, pelo fator corrente - todos pensam e desejam determinada coisa ou ocorrência - além do império da fé, de quem pede e de quem faz - desejos expressos ou mentais. Quase todos estes fenômenos exigem sempre a presença da parte interessada solicitante, além do sensitivo, ou pelo menos de alguém que conheça aquela, podendo às vezes ser um simples bilhete; são poucos os casos aonde o sensitivo não venha sofrer influências de conhecidos de uma das partes, presentes na platéia.
Quanto aos credos existe unanimidade, que são facultadores de fenômenos paranormais em seus respectivos meios, não importando se espirituais (questão de crença), anímicos (do próprio indivíduo ou da matéria como costumam dizer). As ocorrências existem, podem ser comprovadas grande parte delas, e isto é indiscutível.
Certas drogas também agem como propiciadoras de êxtases e, com estes, toda uma gama de fenômenos paranormais, pelo provável desbloqueio mental.
Existem registros que certas pessoas acidentadas (pancadas na cabeça, lesões de coluna), com problemas psicológicos e mesmo advindas de alguma doença orgânica grave, ou de algum estado febril convulsivo, às vezes tem despertado faculdades paranormais de forma transitória ou efetiva; muitos psicogênicos e epiléticos mostram-se sensitivos para fenômenos de paranormalidade.
Os redivivos, aqueles famosos que voltam da morte, denominadas de Experiências à Beira da Morte, ou Experiência de Quase Morte [EQM] relatam, na maioria das vezes, estados típicos fenomênicos, contudo mais voltados à espiritualidade.
Quanto a essa experiência, médicos e estudiosos não são unânimes a respeito, muitos acreditando tratar-se de ausência de oxigenação do cérebro, quando os sinais enviados tornam-se extremamente rápidos e com isto afetando o campo da visão, criando situações alucinatórias.
Outros dizem que, pela mesma falta de oxigenação, há a queima (morte) de neurônios e células que se concentram entre os campos da visão, daí o quase sempre relato de um grande túnel escuro e uma luz em seu fundo. Pessoas relatam cercadas de luz muito forte ou que se sentem flutuando no espaço, olhando para si próprias lá embaixo, quase sempre deitadas em leito hospitalar numa sala de emergência.
As visões relatadas daquilo que se vê, presenças de pessoas já falecidas, assim como o temor inicial e depois a entrada num paraíso ou local de tranqüilidade, residiriam no fator crença, o medo da morte e necessidade do amparo. Um fato notório: quase todos que retornam fazem-se altruístas e bastante espiritualizados, com uma nova visão de vida, e muito propensos aos fenômenos psicológicos.
Hoje muitos cientistas entendem que as EQM têm explicação biológica, e não espiritual, vista como ocorrência episódica onde há perigo de morte. Seria uma forma de compensação do estado de alerta, pavor e medo refletidos numa luz intensa que, após segundos, transmite e sensação de paz profunda. Sensações iguais podem ocorrer em estágio de sono profundo conhecido como estado de REM -Rápido Movimento do Olho [Rapid Eyes Movement], onde certas intrusões podem não ser tão incomum. A Ciência, todavia, aborda as experiências e suas origens, não o porquê delas.
Independente de credos religiosos, ou qualquer outro vínculo que possa ou venha implicar dependências, o indivíduo também pode desenvolver paranormalidade através de estudos e treinamentos, ainda que um tanto difícil para aquilo que não lhe é inato e para os fenômenos físicos.
A facilidade torna-se bem maior para o desenvolvimento dos Poderes do Pensamento Positivo e, nesta área, às vezes ocorrem verdadeiros milagres, a darmos fé no que dizem certos autores da matéria, pois que basta a pessoa crer, estudar, treinar, desejar e estabelecer metas elegendo prioridades, para que se possam atingir realidades propostas.
Sabendo da mente, de sua força atuadora e organizacional, independente da matéria, e que a antecede sob e sobre todos os níveis, sobrevive a esta por ser energia e não se encontrar sujeita às leis físicas; logo, não podendo dissipar-se, tem de continuar sua existência de alguma forma, até mesmo baseando-se em Einstein: a energia pode ser transformada em outras formas de energia ou massa, mas nunca pode se dissipar por completo.
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