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sábado, 3 de abril de 2010

O UNIVERSO DAS PROJECIOLOGIAS E A AUTO-HIPNOSE

1. Das projeciologias
Talvez tenha sido Ernesto Bozzano, no final do século XIX e início do XX, o primeiro cientista de renome internacional, a preocupar-se com os fenômenos da bilocação ou desdobramentos, fundamentados em fatos exaustivamente estudados. Bozzano cita outros notáveis estudiosos da matéria, como Gabriel Delanne, Henry Durville, Coronel de Rochas, César Lombroso e Mattiesen.
Para aquele cientista, a bilocação mostrou-se fundamental para demonstrações experimentais como provas conclusivas da existência do corpo etéreo - perispírito [invólucro que abriga o espírito ou alma] - a habitar provisoriamente um corpo somático [físico], princípio da homificação, durante o período da existência terrena, interligando-se àquele, porém com certas ações independentes. Bozzano prova, pelos sonos ordinários, hipnóticos, mediúnico, êxtase, desmaio, efeitos narcóticos, coma, que o corpo etéreo consegue afastar-se, também temporariamente, do corpo somático, e não somente e de maneira efetiva por ocasião da morte; ainda, pelo ilustre cientista e outros pesquisadores, o corpo etéreo consegue não somente a saída transitória, como é capaz de reter lembranças dessas viagens e repassa-las à consciência.
Diz Bozzano, às páginas 17 de sua obra Fenômenos de Bilocação (Desdobramento) - Edições Correio Fraterno, 1983:
"Do ponto de vista psicológico, convém notar que os fenômenos de bilocação apresentam esta característica altamente sugestiva de sua perfeita uniformidade substancial de exteriorização a despeito das modalidades diversas e numerosas que assumem segundo as circunstâncias, uniformidade substancial que persiste, invariável, em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as raças (inclusive os povos selvagens), de modo a tornar-se como o centro de convergência da demonstração de sua existência positivamente objetiva. Ainda se pode observar que eles são tão numerosos que não bastaria um grande volume para conter todos os fenômenos que colecionei. Em parte isto provém do fato - ele mesmo altamente sugestivo - que, de um lado, o seu campo se estende até formar o substrato necessário de quase toda a fenomenologia mediúnica de efeitos físicos, inclusive os fenômenos de materialização, pelos quais a existência dos fatos deveria ser reconhecida, também pelos adversários da hipótese espírita e que, de outro lado, eles vão até se infiltrarem, em grande número, nos casos até aqui considerados de origem telepática".
A partir de meado da década de 1960 os espíritas científicos, dando-se a conhecer para o público iniciam um contra ataque à Parapsicologia Materialista e à Espiritualista (pelos padres parapsicólogos católicos apostólicos romanos), exatamente no ponto mais sensível destas disciplinas, ou seja, atribuir fenômenos paranormais como capacidade humana, mesmo que extrapolando limites da física, pois que, se o duplo etéreo demonstrava a existência da alma [e os católicos acreditam nela], sua capacidade de ação estaria independente da matéria [os materialistas admitem], inclusive das saídas transitórias e manifestações, por isso também esse mesmo duplo, uma vez desencarnado, teria amplas condições de intervir no mundo físico.
Os fenômenos da mente, ou, espirituais desde milênios tem acompanhado o homem em suas religiosidades, ressurgindo de época em época como grande impulso às discussões, que o duplo etéreo existe, atua no mundo físico independe da matéria, pode ser visto por sensitivos, é capaz de materializar-se e, nestas condições, percebidos por pessoas comuns.
Os orientalistas avançam mais além do cientismo e religiões ocidentais: o duplo etéreo pode ser disciplinado para ações fenomênicas predeterminadas, como as viagens astrais, contatos com o universo extrafísico, e isso tudo com absoluta consciência dos fatos. Pelas viagens astrais torna-se, portanto, possível saber antecipadamente de acontecimentos futuros, bem como a volta ao passado distante, ou ter conhecimento do presente desconhecido, bem como saber de pessoas - conhecidas ou não, visitá-las e mesmo prestar-lhes auxílios ou daná-las, ainda que à distância e mentalmente.
Em 1972 a Projeciologia já era sugerida como ciência explicativa para todos os fenômenos classificados e estudados pela Psicologia e mesmo aqueles vividos pelas Religiões, com sérias discussões entre os estudiosos mais identificados com o Espiritismo Científico.
Também por outros grandes especialistas hoje a Projeciologia engloba, com segurança, toda a fenomenologia espírita além das classificadas pelas Metapsíquica e Parapsicologia, na qualidade de para-ciência psicobiofísica que trabalha, a partir do indivíduo, com a autoconsciência, as bioenergias e experiências fora do corpo físico. A Projeciologia estuda e investiga o fenômeno das projeções [conscientes e inconscientes], suas interações, realizações fenomênicas, procurando ao indivíduo um sentido de vida.
Os meios acadêmicos e religiosos buscam uma nominação mais adequada, cientificamente, para a Ciência das realidades projeciológicas.
Para alguns estudiosos a Projeciologia, tal qual a Psicologia, opera dentro do campo das subjetividades e do inconsciente; outros entendem-na como processo neurofisiológico, em contraposição àqueles para quem as projeções não se justificam como causas fisiológicas e nem psicológicas, a exemplos dos casos redivivos com suas Experiências Quase Morte, onde a consciência funcionaria independente da atividade cerebral, conforme matéria inserida em sítio eletrônico http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeciologia#_note-4.
As EQM eram vistas, até bem pouco, como fenômeno espiritual, prova incontestável do outro lado da vida. Já não se pensam mais assim.
Hoje muitos cientistas entendem que as EQM têm explicação biológica e não espiritual, vistas como ocorrências episódicas onde há perigo de morte. Uma EQM seria a forma de compensação do estado de alerta, pavor e medo refletidos numa luz intensa que, após segundos, transmite e sensação de paz profunda.
Sensações iguais podem ocorrer em estágio de sono profundo conhecido como estado de REM -Rápido Movimento do Olho [Rapid Eyes Movement], onde certas intrusões podem não ser tão incomum. A Ciência, todavia, aborda as experiências e suas origens, não o porquê delas.
Independentemente das teorias, o cérebro apresenta reações anormais durante operações projeciológicas, conforme registros em aparelhos. A projeção, ou o desdobramento, não tem nenhum significado de despersonalização, pois o indivíduo pode estar consciente em todo o desenrolar fenomênico.
Sem intenções de religiosidades quanto as projeciologias, nem discutilas a nível científico, apenas aqui a demonstração prática para o desdobramento em si, seja com qual denominação for, bilocação, duplicação corpórea, projeção do duplo astral e outras.
O desdobramento ocorre de algumas maneiras, a saber:
  1. Espontâneo: aquele que não é provocado ou que possa ocorrer independentemente da vontade do indivíduo, por exemplos, em sonhos, estados comatosos, perda de consciência e situações de quase morte. Esta espécie de desdobramento é a de maior interesse à Ciência.
  2. Medianímico: ocorrência condicionada a ação de uma vontade que não a do individuo, ocorrida em momentos especiais, em formas de sensações, avisos ou de orientações e esclarecimentos, a si ou para terceiros. O desdobramento medianímico é bastante comum em sensitivos, médiuns, místicos e esquizofrênicos, entre outros, como espécie de transe, levando o indivíduo a uma dissociação e assintonia psíquica, ou sejam, a fragmentação da personalidade e a ausência de contato com a realidade, para assumir outra personalidade distinta da sua ou entremeada. Tem interesses religiosos e policiais [situações de certos crimes bárbaros].
  3. Induzido: é o fenômeno do desdobramento resultante de ação específica ou sugerida para desencadear o processo. O indutor pode determinar a ocorrência magnética ou hipnoticamente, senão conjugados numa mesma operação. Admite-se a indução magnética através de uma entidade ou força não visível que dita os procedimentos e conduz o indivíduo ao desdobramento. A hipnótica quando o indivíduo se submete às sugestões de uma outra pessoa [física] para desdobrar-se, por exemplo, para uma regressão supervisionada. Para a conjugada geralmente o hipnólogo faz o indivíduo desprender-se da matéria e aos espíritos cabem a condução das ações. O desdobramento induzido é bastante utilizado para casos de regressões, revelações de talentos e mediunidades, além das ações fenomênicas psíquicas ou espirituais.
  4. Auto-induzido: ação sugerida pelo indivíduo a si mesmo, para se conseguir, inicialmente estado mental semelhante ao sono e então desdobrar-se [sair do corpo], com objetivos predeterminados para ações extracorpórea. Esta seria a técnica mais comum para o desdobramento consciente e programado, nada a impedir auxílio de entidade condutora [espiritual], que muitos entendem como muleta psicológica necessária para se desfazer do medo.
Das muitas técnicas projetivas, esta talvez seja a que melhor se adapte a qualquer pessoa, pela sua simplicidade:
"Colocar-se numa posição cômoda [tipo a pessoa deitada, cabeça ao lado sem travesseiro, pés e pernas ligeiramente levantados sobre uma almofada], num momento de maior silêncio possível - de preferência pela madrugada, e relaxar-se por instantes, deixando a mente vagar, sem preocupação alguma, respiração tranquila e compassada; trazendo o máximo de ar possível para dentro dos pulmões, contando de 1 a 7 - não há rigor nisso, é o quanto se consegue para a seqüência, pausadamente, e depois, pulmões cheios, segurar a respiração (o alento), contando de 1 a 5, também devagar, e a seguir soltar o ar, bem lentamente, contando de 1 a 15, ou um número para cada três batimentos cardíacos [que ficam bastante perceptíveis], e forçar toda a saída do ar, com auxílio do diafragma; depois contar, sem respirar, de 1 a 5, um número para cada batida cardial".
Este método deve ser repetido por três vezes, com bastante atenção às reações, sendo comum certo atordoamento; caso o aspirante sinta fadiga exagerada, deve parar por aí, não insistir, deixar para a vez seguinte.
Estando tudo em acordo, apenas perturbação leve, deve-se então repetir a mesma prática de respiração, só que a se concentrar para o adormecimento de seu corpo, parte exterior, iniciando pelos dedos do pé (primeiro o hálux de um deles, depois os pododáctilos em seqüência, antes de idêntica operação o com os do outro pé). A seguir, sugerir que todo um pé fique adormecido, depois o outro, continuando a mentalização que todo o organismo interno esteja em perfeito funcionamento, sem incomodo algum, o coração, pulmão, rins, fígado, intestino, circulação sanguínea e que, psicologicamente, nada há que perturbe o iniciante.
Adormecidos os pés, o corpo em harmonia interior, ordenar adormecimento das duas pernas ao mesmo tempo, depois as coxas, o ventre, o peito, sempre com a sugestão que internamente tudo está bem, somente o corpo exterior em adormecimento. Daí avançar e ordenar para que os braços fiquem amortecidos, insensíveis, assim como as costas, pescoço e cabeça.
É natural, de princípio, coceiras aqui e ali no corpo físico, às vezes quase insuportável e em lugares complicados. Deve a pessoa se controlar, vencer os incômodos, concentrar-se nela e determinar cessação imediato. Alguns, nessa fase ou pouco antes, sentem necessidade de engolir seco, devendo a pessoa lutar contra isto; outros experimentam salivação abundante, por isso a cabeça ao lado, para evitar engasgos.
Vencidos esses primeiros obstáculos, respiração sob controle, o corpo adormecido, internamente tudo certo e a cabeça funcionando bem, o interessado deve imaginar-se saindo do corpo, alguns se sentindo qual mola na vertical, num ritmo vai e vem, parecendo que o corpo cresce a partir dos pés, retorna e aumenta pela cabeça, com o corpo também a acompanhar esses movimentos, espécie de afundamento e agigantamento, o peito um tanto arfante através de uma respiração lenta.
Outros experimentam acelerações dos batimentos cardíacos, respiração rápida, espécie de abertura no alto da cabeça, o peito como se estivesse sendo forçado para abrir; e têm aqueles que relatam um vazio no estômago, o diafragma subindo e o ventre forçado para dentro, como se o indivíduo estivesse fazendo força para empurrar alguma coisa para fora de si, sendo nestes relatos comum a pessoa sentir força na cabeça com a respiração semi-suspensa, arrepios em todo o corpo e que alguma força sai pelo abdômen.
A pessoa não deve se preocupar com tais sensações, ou alguma outra reação diferente que possa sentir, pois que são normais; o mais importante é o acreditar naquilo que se está fazendo, jamais o indivíduo mentir para si.
Também é mais ou menos comum, nos primeiros experimentos, que a pessoa adormeça. Em caso de não superar o sono, ela não deve se preocupar e então dormir, pois após algumas sessões, com força de vontade e perseverança, é possível superar esse obstáculo. Entre os que dormem não é incomum referencias a sonhos com a saída extracorpórea e viagens interessantes.
Vencida a etapa do sono, o indivíduo deve continue insistir na saída de seu duplo [alma, espírito, mente, nominações que não importam aqui] do corpo carnal, todavia que a consciência seja mantida, senão a experiência poderá não ser válida.
Tudo deve ser anotado tão logo aconteça o retorno. Tem praticante que grava a sessão, com registros de vozes diferentes e certos ruídos; outros filmam o período, com aparecimentos de fantasmas - às de pessoas conhecidas, além de sons produzidos.
Geralmente entre a quarta e a décima terceira tentativa [dados sem precisão científica, apenas citações por experiências], a projeção inicia-se, tímida de princípio, meio abobalhada para, logo depois, firmar-se, e isso tudo pode acontecer em seqüência numa única sessão.
A partir do momento, em que se tem o domínio natural da projeção, fazem-se interessantes algumas observações quanto à maneira de apresentação desse duplo projetado:

  • Saber em qual dos corpos está mantida a consciência, a bastar apenas atenções se o indivíduo deitado vê o duplo ou se é este quem vê o corpo em repouso; isto tem importância porque, se a consciência estiver no duplo, o iniciante poderá não ter conhecimento ou participação total das experiências, ou, às vezes, não ter condições para alguma coordenada necessária ou que venha determinar as ações.
  • Verificar, ainda, onde o duplo coloca-se inicialmente e de que maneira, se de pé ao alto da cabeça, se horizontal de frente para o corpo físico, se flutuante ao lado, de pé ou de cócoras, se próximo das plantas dos pés, se bastante solto ou mais tímido.
  • Tais observações são interessantes para que se possa detectar o ponto sensível de saída, cujo local pode se denominar sagrado, devendo o praticante cuidar bem dele, com massagens, unção com óleos, e uma higiene mais demorada, além de evitar que pessoa desavisada, bem ou mal intencionada, toque nesse lugar. Alguns relatam, com isso, liberação muito mais rápida de seu duplo, às vezes até mesmo sem aqueles exercícios preliminares, tão somente a partir de uma concentração neste ponto de saída e entrada.
  • Se o experimentador é médium ou sensitivo, quase certo que alguma entidade queira se utilizar dele para incorporações durante a projeciologia. Ás vezes a pessoa vê seu corpo carnal possuído por alguma entidade, o que nenhum mal parece oferecer, salvo casos de obsessões ou entrada de espíritos inferiores.
  • É interessante verificar se nas primeiras projeções aparecem outras pessoas no ambiente, espíritos ou duplos que tanto podem ser de vivos ou de mortos, ao lado do corpo astral do pretendente, o que é normal; certos praticantes às vezes se vêem frente a frente com uma pessoa de idade, bondosa e predisposta a conduzir o experimento inicial, sendo que alguns permanecem para sempre, enquanto outros não. Em situações assim, observar se possíveis conversações são mentais ou através de movimentos da fala, isto tanto para o próprio corpo astral quanto para aqueles [fantasmas] que surgem.
  • Bastante difícil surgimento de quadros ruins ou pessoas agressivas, caso isso acontecer, não temer em expulsar o indesejado e, se não obtiver êxitos, simplesmente retornar ao corpo físico e tentar resultados numa próxima sessão.
  • Quanto a esses aparecimentos, certos estudiosos entendem que são muletas psicológicas quando de uma pessoa bondosa ou quadro favorável, e que as mais difíceis não passam de temores infundados de religiosidades arraigadas, por estar o indivíduo praticando algo que julgue ou possa ser proibido, quando não temor de si mesmo, o medo de não retornar mais ao corpo físico. Portanto se deve superar isso, pois que não há perigo algum e até se pode perceber facilmente que, entre o corpo físico e o astral naquele ponto de saída, existe um elemento que os une - o  cordão de prata.
  • Dominado o medo a pessoa pode flutuar e atravessar paredes, forro e telhado, pois que nada a deterá; conquistada a autoconfiança, deve-se ordenar ao corpo etéreo se dirigir a um dos cômodos de sua casa, onde ninguém possa estar naquele momento, e catalogar objetos e suas respectivas posições; anotar isto depois, para que no outro dia possa verificá-los, sem se incomodar com falhas iniciais, pois que a mente objetiva tem por costume colocar dúvidas, afinal, ela não foi treinada para isso. Se possível pedir a alguém que modifique colocações de objetos naquele cômodo, tirando uns e acrescentando outros, para repetições experimentais.
Quando acontecer o pleno domínio das verificações, o indivíduo deve determinar a ida astral a uma esquina ou local qualquer, nas proximidades, onde o duplo pode ir andando como pessoa normal, flutuando, ou simplesmente estar lá, ciente que apenas sensitivos clarividentes têm condições de vê-lo como real, mesmo que essa pessoa não saiba ser possuidora daquele dom, não sendo difícil no dia seguinte aquela inquirir o experimentador o que estava a fazer em tal lugar àquela hora. Deve-se anotar tudo, inclusive a hora, e, se onde estava observou algum conhecido, para confirmação posterior.
Sabemos de pessoa que em projeção viu um amigo em determinada rua e horário, sentado à porta de uma loja; no outro dia querendo confirmação dos fatos, descobriu que seu amigo não se encontrava na cidade desde três dias antes e o vidente ficou desanimado com o ocorrido, mas qual não foi sua surpresa quando o amigo chegou, e se referiu a um estranho sonho que tivera, onde se via sentado à porta de uma loja, na esquina da rua tal, e que o tinha visto em pé, do outro lado da rua, como que observando alguma coisa ou à procura de algo, e que tal sonho se dera na madrugada de tanto para tanto, ou seja, na mesma data (e provavelmente no mesmo horário) em que lhe ocorrera a experiência projeciológica.
Quando algum iniciante atingir eficiência desejada nos treinamentos, pode dirigir-se ao quarto de qualquer pessoa conhecida, desde que saiba detalhes da casa e dos hábitos de quem deseja visitar [isto pelo menos inicialmente, neste exercício], tocar na pessoa levemente e dizer em voz baixa, que deseja conversar com ela (o duplo dela) e depois falar o que desejar. No dia seguinte é quase certo que, ao encontrar a pessoa contatada esta dirá que sonhou muito com o amigo, não sendo nada estranho que se refira ao assunto que lhe foi sugerido ou mesmo da conversa com o seu duplo. Se o contatado tiver sensibilidade aguçada, verá tudo, ciente que não foi apenas um sonho.
Aquele que mentalmente visita um amigo ou parente que esteja enfermo, preocupado ou aflito, pode ministrar-lhe um passe ou oração - transferência de bioenergias transmitindo-lhe tranqüilidade e palavras de conforto, ou lhe sugerir soluções para os problemas, etc. A pessoa poderá ser curada, ou receber condições para superações de seus problemas, nova esperança de vida entre outros equilíbrios recebidos.
Por outro lado, também é possível atingir alguém, importuná-lo, adoecê-lo ou lhe causar prejuízos e danos, pois que a fórmula é a mesma, bastando tão somente sugerir o que deseja e vencer resistências para que o mal esteja feito; todavia há de se cuidar nisso, uma vez quem se projeta pode receber retorno ou estar a descoberto e, igualmente, ser atingido, afinal trata-se, aí, de uma demanda. Somente se deve aventurar em tais quizilas quem realmente preparado ou por motivos extremamente graves, e ainda assim se o remetente souber defender-se de possíveis contra-ataques e isto não se ensina, devendo o interessado por si mesmo descobrir algum método eficiente, embora não exista defesa perfeita e alguém poderá um dia ou sempre descobrir o ponto fraco de outrem.
Através da Projeciologia se podem visitar lugares e conhecer momentos, sejam eles do passado, presente ou futuro; escutar conversa reservada, ler documentos sigilosos, entrar e sair de qualquer lugar, e mais um cabedal de fenômenos parapsicológicos, isto é, catalogados e explicados pela Parapsicologia.
Evidente que nada é tão fácil sendo preciso muito estudo, treinamento, entendimento do que se propõe a realizar, além de compreender que o mesmo direito que se tem no caso, de atacar, outra pessoa também tem, inclusive até a obrigação de defender-se com vigor. Mas, por conseguinte, nada é tão difícil que não se consiga superar.
Uns descobrem talentos (escrita, música, desenho, artes, etc), numa lista enorme de possibilidades, não sendo sem razões que especialistas dizem que, para as Projeciologias, a vontade é o limite. Uma pessoa pode incorporar determinada personalidade - viva ou morta, num Terreiro, Centro Espírita ou, ainda que em qualquer outro lugar, e estabelecer contatos mediúnicos, ver auras sendo preciso estudá-las para interpretar os significados, ou fazer psico-fotografias [fotografia do pensamento, ou seja, transferir imagens pensadas para um filme fotográfico].
A Projeciologia também pode ser usada em benefício próprio, como a memorização de textos ou lições escolares, superações de doenças ou problemas psicológicos. São situações possíveis, todavia é preciso estudá-las uma a uma, analisar utilidades, buscar aquelas com as quais se possam ter afinidades maiores, e acreditar sempre.
Não se devem desejar entidades ou despertar talentos para que se possa tocar um piano, aqueles cujos dedos são curtos e grossos ou mãos impróprias; não pode ser um cirurgião médico ou odontólogo sem habilitação legal, pois que o sensitivo se complicará com a lei.
Nada obsta um cirurgião ou curador mediunizado ou que se projete no incomensurável e trazer para si a capacidade para aquelas operações, contudo recomenda-se que a pessoa interessada adquira conhecimentos terrenos adequados da profissão, que procure saber dos efeitos colaterais ou mesmo da necessidade de uma cirurgia, sendo melhor aconselhável fazer um curso de Medicina ou Odontologia. Igualmente o interessado não deve se meter a fazer obras de arte se lhe falta recursos financeiros para aquisições de materiais.
Com a Projeciologia é possível inverter situações adversas, domar inimigos renitentes, convencer alguém para que possa favorecer determinadas situações, como um bom emprego, porém se deve compreender melhor o significado e a responsabilidade disso tudo, pois que nem sempre o iniciante tem o perfil ideal para determinado tipo de serviço, e assim até não corresponder naquilo que tanto ensejou, podendo inclusive prejudicar terceiros inocentes.
Praticamente todos os fenômenos produzidos por sensitivos, médiuns ou espíritos, trabalham via projeciologias; é bastante comum, por exemplo, pedidos de orações por escrito, onde se coloca, o endereço, nome do necessitado e o que lhe aflige, e nisto o médium [o espírito ou o sensitivo] consegue leitura mental daquilo, capta energia e é capaz de dirigir-se até o local para ações necessárias, isto porque o solicitante puxa ou abre caminho para o sensitivo; com atenções se pode observar que num Terreiro, Centro ou Igrejas denominais, de um modo geral, o líder, espíritos ou sensitivos presentes, adivinham [sabem] problemas da platéia, porque mentalmente [às vezes por palavras indutivas] fazem com que as pessoas lhes contem mentalmente os dramas ou dificuldades, lógico a caber nos casos certas intuições psicológicas do sensitivo, além da necessária decodificação daquilo que lhe é passado, alem de somente falar aquilo que a pessoa deseja ouvir, caso contrário o sensitivo está fadado a fiasco total.
É preciso saber que o indagador, para qualquer pergunta formulada, já tem sua própria resposta certa ou errada, mas a tem com certeza. Quando se procura cartomante ou algum espírito para determinada situação, o sujeito já possui alguma proposta de solução que é exatamente aquela que deseja ouvir ou ver confirmada, e onde lhe falar o contrário é risco certo de não satisfação, daí o guia não presta, o médium é fajuto, etc, a não ser que receba primeiro a sua ideia concebida, que o sensitivo ou espírito que seja, saiba depois modificar de maneira compreensível e aceitável.
Com a Projeciologia se pode ver tudo da pessoa, passado, presente, futuro [previsão], desde que mentalmente o interessado repasse informações, isto é, abra a tela mental voluntária ou involuntariamente. Muitas pessoas chegam trancadas em si para ver se o sensitivo sabe mesmo das coisas, bastando a este apenas uma revelação bombástica, que na verdade não o é, ou a bastar uma citação apenas que ela, de forma bastante natural, se abrirá mentalmente e, a partir daí, não existirá erro algum, porque ela confiará no sensitivo.
Algumas situações podem ser vistas:
  • Se alguém procura uma consulta - leitura de cartas por exemplo, basta o leitor lançar as cartas aleatoriamente e não deixar a pessoa dizer nada - para que esta não diga depois que se falou pelas suas palavras, e assim surpreendê-la através do fenômeno dé-jà-vu, e dizer aquilo que a pessoa em algum momento teve a impressão de já ter visto, presenciado ou vivido, ou sejam, situações denominadas pré ou simulcognições, o quanto basta para se acreditar o cartomante sabedor dos fatos e acontecimentos.
  • Outro sistema, igualmente eficaz, é o tabuleiro de trinta e seis caselas do tamanho de uma carta de baralho comum, onde em cada uma delas tenha escrito [no superior e inferior] uma situação tomada entre inveja, ciúme, casamento, rival, saúde, viagem, negócios, etc, de maneira que consulente e cartomante, mesmo em sentidos opostos, possam ler o enunciado. Nesta técnica a própria pessoa retira do baralho sete cartas aleatórias e as coloca, uma a uma, na casa que desejar, para de pronto o leitor ditar o que se passa com aquela pessoa, sem erro algum, vez que a própria pessoa colocou cada carta exatamente onde o próprio problema ou aspiração, exemplo, se pôs uma carta sobre o casamento e usa aliança, ou que se possa identificá-la comprometida, este é ou aí está um dos problemas; se alem do casamento colocou a outra carta na casa rival, é porque acredita que o parceiro tem outro alguém ou, ao menos, suspeita-se; se na inveja, com certeza acredita que está sendo prejudicada por trabalhos ou mau olhado, tudo uma questão sequencial onde se predomina a argúcia e o jogo de palavras.
  • Numa conversa informal entre conhecidos, se alguém se referir que viu uma pessoa desconhecida na rua, com a nítida impressão de conhecê-la de algum lugar, isto já será o suficiente para que todos abram a tela mental sobre aquele assunto, com isso a facultar não só condução de conversa, como revelar situações de cada um dos presentes.
  • Entre amigos, basta alguém rapidamente olhar cada um deles na base do nariz e, diante de um deles qualquer menear a cabeça como gesto rápido de dúvida ou incompreensão, para de imediato o observado desejar saber o que foi, e a seqüência até poderá ser assim,- "Ah! não foi nada não, apenas a impressão que você num tempo desses se olhou no espelho e questionou a própria identidade, quem era, por qual a razão este seu nome, porque está aqui - de onde veio e para onde vai, coisa assim, deixa pra lá". A abertura mental de todos será imediata e o assunto poderá ser explorado e conduzido para outras situações.
  • A abertura mental também pode ocorrer revelando certas sensações do indivíduo, como sentir presenças no escuro, especialmente quando interrupção de energia elétrica, ou que algum dia ele previu um acidente com uma pessoa que comprou uma moto (e quem que não pensa nisto?) e o acidente aconteceu, nada a importar suas iguais sensações com todos os motoqueiros, pois que vale apenas o revelado sucedido. A mesma regra para quem pensou muito em alguém e este faz contato, ou aquela música que chega, de repente, um pouco antes que alguém a cante ou o rádio seja ligado em seu início.
  • Aparentemente são acontecimentos naturais, mas que surpreendem quando revelados, mesmo que tardiamente ou apenas para estimular abertura mental desejada. Vez ou outra alguém diz que nunca teve qualquer experiência do gênero, por exemplo, a tal crise de identidade diante do espelho, a lhe caber então a advertência que isto vai acontecer, com certeza, e na realidade já passa acontecer a partir do momento da revelação.
Dominadas tais situações, todas as artes adivinhatórias são possíveis, seja através de leituras de cartas de baralho, tarô, bola de cristal, copo com água, chamas de velas, búzios, dados, i'ching, runas, leitura de mãos ou da sola dos pés, enxergar o problema nos olhos [íris] da pessoa ou nas rugas faciais, identificar auras e interpretá-las, prever futuro na borra do pó de café escorrido numa xícara, e um mundo de coisas, tão somente bastando que a pessoa se abra mentalmente. Na verdade nem há necessidade de objeto algum, a bastar palavras.
Se numa Igreja o pregador disser que alguém da platéia tem um determinado problema -[de início se deve usar um corriqueiro], com certeza achará mais de um, e a pessoa sendo tocada por essa revelação, por si própria fornecerá todas as condições para pronta solução daquilo que a aflige. Se o mesmo pregador ditar que vai buscar na platéia uma pessoa que está com tremenda doença, preocupação ou qualquer coisa que lhe venha à cabeça, e ele [pregador] sair do seu lugar e se dirigir rumo a porta de saída, rápido e sempre falando que vai identificar a pessoa, olhando para os lados, para frente e para trás, voltar em seguida, retornar e outra vez voltar, com certeza estará com a pessoa identificada, sem milagre algum, pois que a pessoa indicada terá mesmo um problema e fornecerá todos ingredientes para pronta solução, até por medo de não ter fé.
Como fazer isso? Simples. Primeiro o pregador se diz ungido por Deus e que Deus lhe está a revelar a pessoa que tem o problema, momento em que alguns dos presentes sentem o impacto da revelação, se retesam no banco, não se voltarão para trás para acompanhar a caminhada do pregador, até por receio de demonstrada ansiedade, mas aqueles que não têm problemas ou não se sentiram tocados, sim, eles acompanharão o milagreiro com os olhos e cabeça virada por onde ele for, dada a curiosidade e para não perder a oportunidade de ver o milagre.
O ir e vir do pregador decorre da necessidade de se eliminar dúvidas, vez que as pessoas menos problemáticas entre os retesados, ou que não resistem a curiosidade de saber quem, abandonarão a postura inicial e acompanharão os movimentos, e se mais de um ficar preso em seu lugar, o pregador pela prática escolherá o melhor, de preferência aquele que está de cabeça baixa, mãos separadas porém fechadas à altura do peito, como que fazendo uma torcida tremenda que seja revelado.
Assim, abrir a tela mental de alguém não é nada difícil, agora dar o andamento correto e atingir objetivos, isto sim exige estudo, compreensão do assunto e fé naquilo que faz e acredita capaz de realizar.
Com o domínio da Projeciologia tornam-se possíveis também os fenômenos físicos, não apenas os psicológicos. Para as realizações físicas, inicialmente recomendam-se objetos leves, tipos agulhas ou abrir compassos, quase nunca, porém, a superar aquilo que o praticante seja incapaz materialmente de realizar. Para as realizações físicas ou psicológicas, a técnica é a mesma, ou seja, o indivíduo projetar o seu duplo e ele realizar, situações em que o kardecista dirá realização de um espírito, os cristãos - de maneira geral, atribuirão os feitos aos anjos [se ocorridos em sua denominação] ou demônios [se em outra], enquanto os parapsicólogos informarão os feitos pelo poder da mente, para tudo aquilo que na verdade o próprio indivíduo fez acontecer, pelo seu duplo, e se isto for mente, espírito, anjo ou demônio, que sejam todos eles e, então, todos têm razões.
2. A auto-hipnose
Consegue-se auto-hipnose com maiores facilidades quando se tem auxílio preliminar de um bom profissional, especialmente nas primeiras sessões.
Na opinião de Karl Weismann, (O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação, Editora Prado Ltda. 1958), a maneira prática, rápida e eficiente para se adquirir e desenvolver auto-hipnose é a heterossugestão pós-hipnótica, na qual o hipnotizador, após colocar o pretendente em transe profundo, determina-lhe um pós signo e, a partir então a bastar tão somente que o candidato recorra ao que lhe foi determinado, para entrar no estado pretendido.
Para técnica do gênero, o hipnólogo pode usar uma figura (medalhão por exemplo) que se empresta ao interessado para que este o coloque na parede do quarto (ou cômodo especialmente preparado para as sessões), com a ordem que ele, toda vez que desejar auto-hipnose deve acomodar-se de maneira confortável, relaxar-se, fixar o objeto de dizer: - "estou pronto para o momento", em seguida fechar os olhos e respirar de maneira pausada e profunda, para prontamente adormecer quando chegar a determinado número inspirar/expirar, sete por exemplo, conforme ordens prefixadas.
Não existe perigo algum quanto ao uso de semelhante técnica, na qual o indivíduo estará sempre vigil e em condições de ordenar ou induzir a si mesmo, naquilo que deseja, inclusive quanto ao acordar (despertar) - "um, dois e três, pronto, estou desperto", de antemão já firmado que o voltar a si será sempre imediato diante de situações de imprevistos (uma visita que chega, etc.), embora o bom pretendente a auto-hipnose deve ao máximo evitar interrupções ou ser incomodado quando em atividade, pois que aquele é o seu momento, a sua hora.
Para segurança adicional, o hipnotizador deve manter no candidato permissão para a entrada em seu universo, em caso de extrema necessidade ou, ainda, que aspirante entre em sono comum depois de determinada hora de atividade; se o candidato desejar, basta apenas estabelecer três pancadas suaves na porta do quarto, para um despertar tranqüilo. Então não há realmente motivos para temor algum.
A auto-hipnose tem um sem número de aplicabilidade no dia a dia do indivíduo, desde curas de traumas e complexos psicológicos, doenças psicossomáticas, moléstias orgânicas com sobrevida àquelas incuráveis, até o adquirir capacidades paranormais e desenvolvimento das inatas, assim como produzir fenômenos de escrita automática, indução de sonhos, capacidades de curas, utilização de mancias e catalisadores, entender línguas estrangeiras, fazer desenhos artísticos mesmo que em estado normal não possua ou venha possuir aqueles dons.
O uso da auto-hipnose, desde que estruturado adequadamente, sem dúvidas transforma-se numa hipnoanálise ou hipnoterapia, e com isso o indivíduo se ver livre dos problemas de causas psicológicas como alguns tipos de obesidade, gagueira, medo da morte, dificuldades de memória e concentração, bem como superação da dor física, libertação de vícios prejudiciais como drogas proibidas, bebida e cigarro.
É possível, com a auto-hipnose, provocar regressão de memória até a vida uterina - momento do ato conceptivo; àqueles que creem na existência de vidas passadas, poderão facilmente encontrar a sua, enquanto que o não acreditar em processos reencarnatórios traz evidentemente algumas dificuldades de êxitos, daí a necessidade de um hipnotizador. O não crer não significa o não existir.
Para os que acreditam - lembre-se sempre que o fator crença é um forte bloqueador de resultados, agindo como espécie de censor no próprio indivíduo - não é difícil consultar o Registro Akáshico ou à Consciência Cósmica, e assim adquirir o saber sua vida e dos compromissos assumidos, bem como de outros conhecimentos.
Para a auto-hipnose, nem sempre é preciso um especialista que ajude a pessoa conquistá-la; o pretendente pode também se aventurar só, desde que através de um princípio firmado, ou propósito estabelecido para o que se pretende, além de razoável conhecimento da matéria.
Existe uma técnica bastante simples para auto-hipnose regressiva, já testada com êxito por pessoas que não se submeteram a nenhum hipnotizador, mas que receberam informações a respeito. O método consiste, em primeiro lugar o indivíduo estabelecer o que efetivamente deseja da auto-hipnose, depois se retirar para um lugar tranqüilo, sentar ou deitar-se comodamente, fixar seu olhar num ponto qualquer - vale o uso de uma medalha presa à parede, e, através de respirações pausadas porém profundas, dar ordens ao cérebro para que este faça pesar os olhos e de vez fechá-los quando a contagem mental chegar a dez - uma contagem regressiva, com ordens ao cérebro entre um número e outro.
O candidato à auto-hipnose deve estabelecer pontos intermediários quanto às pretensões, por exemplo, se desejar idade da primeira infância, vida uterina ou vida passada, recorra a faixas etárias graduais antes de se chegar lá.
O método é o mesmo ensinado para a projeção do duplo etéreo, apenas com objetivos diferentes, pois que não se pretende aqui o corpo astral, embora o fenômeno regressão possa assim ser caracterizado.
Atingido o objetivo, isto é, reviver mentalmente determinada faixa etária, por exemplo a adolescência ou os quinze anos de idade, algo tremendamente fácil e possível mesmo sem hipnose alguma, o indivíduo buscar detalhes daquela sua idade, mesmo que sem importância aparente, futilidades, broncas de família, amor, brigas, brincadeiras, etc; para então continuar ou não a experiência, sendo recomendável nenhuma pressa, e assim analisar item por item de cada escala estabelecida.
Numa outra sessão é possível reiniciar regressão a contar de onde parou, desde que devidamente analisada e compreendida referida faixa etária, onde algum possível problema refletivo no presente e nisto trabalhar para pronta solução. Nesta prática gradativa, em determinado momento o experimentador cairá na primeira infância, e nesta as recordações conscientes são quase nulas; se a pessoa não encontrou motivos ainda para seus problemas em idades superiores, ou simplesmente esteja a desejar continuidade, que prossiga então, idade de três anos, dois, um, nove meses, depois sete, três, um, dias, dia, horas e eis o momento do nascimento - olha já aí uma boa causa para se ter problemas-, como foi esse seu nascer, a reação dos pais, avós, parentes, se foi parto complicado ou não, etc.
A regressão pode continuar em todo o período de gestação que antecedeu seu nascimento: nove meses, oitavo, sétimo, (...), três meses de concebido; e neste momento muitos já estão numa espécie de limbo, algum lugar que não a Terra, enquanto a outros isto somente acontece na quarta semana, e tem aqueles que revivem inclusive o momento do ato conceptivo, no exato momento da fecundação, para somente então se situar num outro lugar.
Existem relatos de pessoas que não atingem esse lugar, com fortes indícios de fator crença - um ateu por exemplo, um agnóstico (aquele que não tem conhecimento racional ou concepção de uma outra vida), ou alguém que simplesmente não se aceita do lado de lá.
A descrição desse lugar além Terra é variável de indivíduo para indivíduo, poucos o descrevem idêntico, e não importa a maneira como se possa vê-lo, mas uma vez lá é interessante perceber os mínimos detalhes, adquirir o máximo de informações que puder, se lá estavam amigos atuais, parentes ou conhecidos, se coube direito de escolher a família, o sexo, se foi quem pediu para vir à Terra ou se isto foi uma ordem, se esta vinda estava ou não predestinada a alguma missão diferenciada, etc. e sobretudo, porque se encontra lá e desde quando. Alguns param nesse lugar, como se ali fosse o seu momento de criação, todavia são poucos aqueles que, atingindo este ponto, não tenham condições de recuar mais além.
E antes desse lugar, onde esteve? Porque chegou ali?
A primeira hipótese é que alguém, se chegou naquele local, certamente veio de algum outro lugar, e este lugar na quase absoluta totalidade seria a Terra (poucos a se referir a um outro planeta, num outro sistema solar, etc.), da qual saiu pela morte física.
Se o experimentador esteve antes na Terra, deve procurar saber onde, quando, quem foi e quem eram seus pais, irmãos e todo parenteiro, detalhes de extrema importância, as particularidades daquela vida tanto quanto desta; se foi pessoa de boa ou má índole, se teve esposa e filhos, qual o círculo de amizades, a atividade profissional exercida, posição social, doenças, inclusive qual a causa morte que o tirou de lá.
Alguns indivíduos regressam ainda mais a outras vidas que teve, sempre pelo mesmo processo.
Suponhamos que o buscador, em todas essas suas andanças regressivas, descobriu motivos de possíveis causas de sofrimentos para esta existência; bem, daí é necessário dar tratos aos problemas, e certamente um profissional psicólogo, talvez um teólogo ou um psico-pedagogo, seja a melhor pessoa para a cura, embora sabemos de indivíduos que, uma vez detectadas as causas, conseguiram por si o alívio dos males ou mesmo a cura, por certo movidos pelas compreensões. alguma reprogramação de vida.
É mais ou menos comum a pessoa que, uma vez atingido aqueles níveis pela auto-hipnose (e outros pela hipnose sob crivo profissional), transformar-se em altruísta, religioso e com uma nova compreensão da sua própria existencialidade.
Óbvio que a auto-hipnose não se presta tão somente para regressões, e a pessoa em vez de fazer isso, pode usá-la para uma nova dinâmica de vida, transformação pessoal, exclusões de problemas, reencontro pessoal, superações de dificuldades, descoberta de talentos, desenvolvimento das paranormalidades, e um leque de outras tantas possibilidades, facultadas todas sem dúvidas pela liberação e desbloqueio mental.
-o-

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